O tema do congresso “Convergência e inclusão: em busca de soluções sustentáveis para o diagnóstico, tratamento e controle das doenças tropicais” abre perspectivas para integração da ciência, educação e tecnologia buscando, na interdisciplinaridade, benefícios para a saúde,  para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.Cria-se, ainda, oportunidade para a comunidade científica apresentar pesquisas e estudos que contribuam para vencermos os diversos desafios que enfrentamos no âmbito das doenças tropicais, como o das arboviroses e demais doenças endêmicas transmitidas por vetores, das mais diversas parasitoses, das doenças de populações negligenciadas, hepatites, tuberculose, dentre outras. Destacam-se temas como a pesquisa translacional, as novas metodologias para a educação e o uso das tecnologias em função do bem estar do indivíduo e promoção da saúde.

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A maioria dos tubos de coleta de sangue contém um aditivo que acelera a coagulação do sangue (ativador de coágulos) ou evita a coagulação (anticoagulante). Isso preserva a amostra garantindo o processamento adequado para cada exame. Os tubos são divididos pelas suas funções e aditivos através de um código de cores que facilitam a sua identificação.

EDTA

ácido etilenodiamino tetra-acéticoethylenediamine tetraacetic acid, (EDTA) é o anticoagulante mais utilizado em tubos de coleta de sangue à vácuo, seu uso é registrado desde o início da década de 50. Sua função é de inibir o processo de coagulação através da remoção do cálcio do sangue por complexação. É recomendado para rotinas de hematologia por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia celular.

EDTA K3 e EDTA K2

Existem três formas diferentes de EDTA, o sal dissódico (Na2EDTA), dipotássico (K2EDTA) e tripotássico (K3EDTA). O Na2EDTA e K2EDTA são mais comuns na forma sólida, enquanto o K3EDTA é normalmente utilizado em solução 15%, ou 1,8 mg/mL. Por isso, o International Council for Standardization in Haematology (ICSH) designa o EDTA dipotássico como anticoagulante mais recomendável para a coleta de sangue.

Apesar de algumas controvérsias existirem sobre a influência da concentração do K2EDTA e K3EDTA no hemograma em sangue normal, estudos comparativos mostram apenas pequenas discrepâncias quando feitas em condições abaixo do ideal:

  • Volume corpuscular médio (VCM) de glóbulos vermelhos: 
    Em concentrações mais altas o K2EDTA aumenta ligeiramente o VCM.
  • Efeito no hematócrito: 
    Em concentrações mais altas o K3EDTA influencia o volume de células do sangue centrifugado.

No entanto, em condições ideais, ou seja, concentração apropriada de anticoagulante e realização do exame entre 1 e 4 h após a flebotomia, não são observadas diferenças significativas entre K2EDTA e K3EDTA.

Fonte: https://firstlab.ind.br/edta-k3-edta-k2-diferenca/?utm_source=EDTA&utm_medium=clt&utm_content=diferenca-edta&utm_campaign=email

“teste do pezinho”, nome popular do Teste de Guthrie, é realizado através de uma pequena amostra de sangue retirada do calcanhar de recém-nascidos, por isso recebeu este nome. Ele identifica distúrbios e doenças que podem afetar a saúde do bebê antes mesmo do aparecimento de sintomas.

Conhecido também como teste de Triagem Neonatal, o teste do pezinho é muito simples, rápido e seguro, geralmente realizado ainda na maternidade após as primeiras 48 horas de vida (pois antes desse período pode ter influência do organismo da mãe) ou até o 7° dia após o nascimento.

Ele promove o rastreio de diversas doenças genéticas (herdadas do pai ou da mãe) e congênitas (durante o desenvolvimento no útero) que são difíceis de identificar, pois normalmente não apresentam quaisquer sinais ou sintomas logo após o nascimento, contudo podem afetar o desenvolvimento mental e físico da criança.

A triagem pode detectar esses transtornos antes que os sintomas apareçam, o tratamento precoce e adequado melhoram a saúde e qualidade de vida de vida do bebê, prevenindo sequelas graves e até mesmo a morte.

Como é realizado o teste do pezinho?

Posição da criança

Para que haja uma boa circulação de sangue nos pés da criança, suficiente para a coleta, o calcanhar deve sempre estar abaixo do nível do coração. A mãe, o pai ou o acompanhante da criança deverá ficar de pé, segurando a criança com a cabeça encostada no seu ombro. O profissional que vai executar a coleta deve estar sentado, ao lado da bancada, de frente para o adulto que está segurando a criança.

Assepsia

Assepsia do calcanhar

Realizar a assepsia do calcanhar com algodão ou gaze esterilizada, levemente umedecida com álcool 70%. Lembre-se de massagear bem o local para ativar a circulação. Certificar-se de que o calcanhar esteja avermelhado. Aguarde a secagem completa do álcool antes de fazer a punção.

** Nunca utilizar álcool iodado ou antisséptico colorido, pois pode interferir no resultado.

Punção

Locais adequados para punção

A punção deve ser realizada obrigatoriamente com um dispositivo chamado lanceta, apropriada para a coleta de sangue periférico. A escolha do local adequado para a punção é importante, devendo ser numa das laterais da região plantar do calcanhar, local com pouca possibilidade de atingir o osso. Segure o pé e o tornozelo da criança, envolvendo com o dedo indicador e o polegar todo o calcanhar, de forma a imobilizar, mas não prender a circulação.

A Coleta

Coleta de sangue

Retire com algodão seco ou gaze esterilizada a primeira gota que se formou. Ela pode conter outros fluidos teciduais que podem interferir nos resultados dos testes.

Encoste o verso do papel-filtro na nova gota que se formou na região demarcada para a coleta (círculos). Faça movimentos circulares com o cartão, até o preenchimento de todo o círculo. Deixe o sangue fluir naturalmente e de maneira homogênea pelo papel-filtro, evitando concentração de sangue. Não deixe que ele coagule no papel-filtro nem no pé do bebê. Só desencoste o papel-filtro quando o círculo estiver todo preenchido.

Encoste o outro círculo do papel-filtro no local do sangramento. Repita o movimento circular até o preenchimento total do novo círculo. Repita até que todos os círculos estejam totalmente preenchidos.

Coleta adequada do sangue

** Não é necessário que os limites do sangue coincidam com os limites dos círculos impressos no papel-filtro

Curativo

Após a coleta, colocar a criança deitada, comprimir levemente o local da punção com algodão ou gaze até que o sangramento cesse. Se desejar, utilize curativo.

Os benefícios em longo prazo são enormes, comparados ao pequeno desconforto que o bebê sente quando a amostra de sangue é retirada.

Doenças detectadas pelo teste do pezinho

O teste do pezinho chegou ao Brasil em 1976, através da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e identificava duas doenças, a fenilcetonúria e o hipotireoidismo (ambas, se não tratadas a tempo, podem levar à deficiência mental). Em 1992, tornou-se obrigatório em todo o país e é realizado gratuitamente através do Programa Nacional de Triagem Neonatal do SUS.

Existem muitos tipos de teste do pezinho e doenças diferentes que podem ser diagnosticadas, os básicos são disponibilizados pelo SUS, mas existem outros que podem identificar mais de 30 doenças, realizados por laboratórios privados.

Fenilcetonúria

Doença genética em que a criança não tem a enzima fenilalanina hidroxilase, que promove o metabolismo do aminoácido fenilalanina existente em todas as formas de proteína (carne, leite, ovos, etc.). Com isso, a fenilalanina se acumula no sangue e em todos os tecidos, provocando lesões graves e irreversíveis no sistema nervoso central, inclusive o retardo mental.

Hipotireoidismo congênito

É um distúrbio causado pela insuficiência  de hormônios da tireóide. A falta de tiroxina pode provocar retardo mental e o comprometimento do desenvolvimento físico.

Anemia falciforme

é um problema genético que causa alteração na forma das células vermelhas do sangue (que assumem forma semelhante a foices), prejudicando o transporte de oxigênio para várias partes do corpo, podendo provocar atrasos no desenvolvimento da criança, dores e infecções generalizadas. A anemia falciforme não tem cura.

Fibrose cística

É uma doença genética, também conhecida como mucoviscidose, que causa mau funcionamento do transporte de cloro e sódio nas membranas celulares. Esta alteração faz com que se produza um muco espesso nos brônquios e nos pulmões, facilitando infecções de repetição e causando problemas respiratórios e digestivos.

Hiperplasia adrenal congênita

a doença genética faz com que a criança tenha mau funcionamento das glândula suprarrenais, prejudicando produção de alguns hormônios essenciais para o corpo como cortisol e aldosterona, o que pode provocar crescimento excessivo, puberdade precoce ou outros problemas físicos.

Deficiência da biotinidase

doença genética em que o organismo não é capaz de obter a enzima biotinidase, responsável pela absorção e regeneração orgânica da biotina, uma vitamina existente nos alimentos que compõem uma dieta normal. Esta vitamina é indispensável para a atividade de diversas enzimas. O quadro mais severo é marcado por convulsões, retardo mental e lesões de pele.

Fontehttps://kasvi.com.br/teste-do-pezinho/?utm_source=teste-pezinho&utm_medium=dist&utm_content=teste-pezinho&utm_campaign=email

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio do curso de Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, vinculado à Faculdade de Nutrição (Fanut), promove nos dias 25 a 29 de junho a quinta edição da Semana de Ciência e Tecnologia de Alimentos (V SeCiTA) e o primeiro Simpósio de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nesta edição, o tema principal será “Inovações e Tendências no Setor Produtivo de Alimentos”. O evento contemplará além das palestras, mesas redondas e apresentação de trabalhos científicos, um maior número de minicursos, com visitas técnicas. Nesse enfoque, o I SimCiTeA e a V SeCiTA reunirá profissionais, pesquisadores e estudantes da área de ciência e tecnologia de alimentos e de áreas correlatas, além de representantes do setor industrial, demonstrando casos de sucesso, bem como suas atuais demandas. Este evento proporcionará a iteração entre os participantes e a reflexão e discussão do papel da inovação em todos os segmentos da cadeia produtiva do alimento.

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